sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

De passagem

Férias! A turma do CSS trabalhou tanto que está se jogando ao mar e ao sol neste ano de 2009. Mas calma! Eles tem uns shows marcados e o Brasil está na "wish list". O pessoal do Mix Brasil entrevistou Adriano Cintra, e ele conta as novidades e a repercussão do segundo e último CD que lançaram, o Donkey. Na foto, ele e a Lovefoxxx (com 3 "x") discotecando na festa Vai Demônia, no Clube Glória, em São Paulo.

Agora no final do ano vocês lançaram um CD novo, o Donkey. Como está sendo a repercussão mundial? E em Londres?
Esse disco vendeu mais que o primeiro, os shows foram ficando maiores ao longo do ano passado, quase sempre sold out, as pessoas cantam mais as músicas novas. Sendo o segundo disco, teve um monte de jornalista descobridor de coisas novas que não gostaram. Foi bom até, saímos dessa cena novidadeira e consolidamos nossa carreira.

Vai ter muito show este ano? Tem já uma agenda?
Não, estamos muito cansados. Vamos só fazer uma turnê na Austrália agora no fim de fevereiro, depois em maio um show em Londres num festival chamado All Tomorrow Parties que foi curado pelas Breeders e elas fizeram questão que tocássemos (então não dava pra não aceitar, elas são uma de nossas maiores influências), em maio também vamos tocar na Polônia num festival que cancelamos ano passado e em agosto temos três shows no Japão. E é isso. Chega, esse ano é para descansar.

Você está no Brasil desde o começo de janeiro, veio a passeio ou à negócio?
Passeio!

Como foi discotecar com a Lovefoxxx na festa Vai Demônia? Você tocou sucessos como Piriguete e Olodum. Como foi a reação do público?
Foi a melhor festa que eu fui em tempos. A hora mais memorável foi quando tocamos Pimpolho e todo mundo cantou. Eu não sei o que acharam, eu estava muito bêbado. Eu me diverti muito.

Vocês pretendem fazer outro show no Brasil?
Claro que sim. Mas como todo mundo mora fora, é como trazer uma banda gringa pra cá. Temos uma equipe imensa pra uma banda do nosso porte, são sete pessoas. Mais cinco da banda. Então já pensa que são doze passagens Londres-São Paulo. Mais hotel pra quase todo mundo... fica complicado. Mas vai rolar.

Como que é toda a coisa com os fãs? Vocês são muito parados na rua? Que tipo de fã vocês tem geralmente?
Volta e meia cola alguém, geralmente são fofos. Nunca fiz um censo pra saber qual o perfil dos fãs de CSS. Tem todo tipo de gente, tem uns emos, um povo mais velho, várias gays.

Você pensa em ter seu próprio selo e gravar pequenas bandas e bandinhas sem recurso? Ou até pegar gente que está um pouco fora de moda e dar upgrade fazendo um remix da música de trabalho?
Eu já quis fazer isso mas hoje em dia tenho meio preguiça. Eu estou muito cansado pra pensar em fazer esse tipo de coisa, preciso descansar. Remix eu tenho feito bastante, é fácil, não requer contato com outros seres humanos.

Vocês chamariam alguma banda brasileira para abrir algum show de vocês no exterior?
O Tchan! Mas com a Carla Perez e a Scheyla. Mas eles iam ter que estar vestido com a roupa do clipe do Egito.

Me cita três bandas que acha que vale a pena do Brasil, de Londres, do mundo todo. Novas. Que as pessoas não tenham muito acesso ainda.
No Brasil eu não conheço banda nova. Não moro mais aqui e não tenho ido a show. Tenho ouvido umas coisas pelo MySpace mas acho tudo muito, muito ruim. Minha banda preferida atualmente é o Ssion. O Cody vai ser muito, muito, muito famoso um dia. Ele é uma bicha belíssima e talentosíssima. Ele faz os próprios vídeos, vai no Youtube e procura um canal chamado Ssion pra ver.

Você ainda tem seus projetos paralelos, como o Thee Butchers Orchestra. Tem conseguido manter?
Sim, claro. Tocamos ontem, tem outro show sábado no CB. Tenho gravado coisas pro ultrasom, logo vou soltar um disco com clipes e coisa e tal. Música é a única coisa que eu sei fazer, além de beber e de vez em quando correr e fazer umas flexões de braço.

Pra quem você faria um remix sem cobrar nada?
Pros Tiny Masters of Today!